A taxa de desemprego de 2017 caiu para os 12,2% em relação ao ano anterior

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A taxa de desemprego de 2017 situou-se em 12,2%, valor inferior em 2,8 pontos percentuais (p.p.) em relação ao ano anterior, informou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Segundo dados do Inquérito Multi-Objectivo Contínuo (IMC) divulgados pelo INE, a população desempregada em 2017 foi estimada em 28.424 pessoas, tendo diminuído 23,1% (8.531 pessoas) em relação ao ano 2016.

Os concelhos de Santa Catarina e da Praia apresentaram as maiores taxas de desemprego em 2017 (16,9% e 16,2%, respectivamente), enquanto o município de Tarrafal de São Nicolau apresentou a mais baixa taxa (4,3%).

As maiores diminuições da taxa de desemprego foram registadas nos concelhos de Santa Cruz e da Praia (6,9 p.p. e 5,9 p.p., respectivamente) e os maiores aumentos foram assinalados nos concelhos da Brava (9,0 p.p.) e de São Domingos (8,8 p.p.).

Entre os homens a taxa de desemprego diminuiu de 12,9% em 2016 para 11,8% em 2017 e entre as mulheres diminuiu de 17,4% em 2016 para 12,8% em 2017.

No meio urbano a taxa de desemprego foi de 13,4% (16,9% em 2016) e no meio rural foi de 8,8% (10,3% em 2016), representando uma diminuição face ao ano anterior de 3,5 p.p. e 1,5 p.p., respectivamente.

Os grupos etários com maior taxa de desemprego são o dos jovens com a idade compreendida entre 15 e 24 anos com 32,4% e o entre 25 e 34 com 12,9%, indica o inquérito.

A população empregada foi estimada em 203.775 pessoas, tendo diminuído 2,8% 5.950 pessoas) face ao ano anterior, pese embora tenha registado um aumento da população de 15 anos e mais.

O número de inactivos aumentou em cerca de 19.690 efectivos e a taxa de inactividade é estimada em 40,8%, revelam os dados do INE.

A população empregada do país totalizou em 203.775 pessoas, menos 5.950 pessoas em comparação com o valor registado no ano de 2016 (209.725 pessoas), o que representa uma diminuição de 2,8% a nível nacional.

A taxa de emprego situou-se em 51,9% tendo-se diminuído 2,3 p.p. em relação ao ano anterior (54,2%), confirma as estatísticas.

Por meio de residência, regista-se uma diminuição de 11.354 pessoas empregadas no meio rural, enquanto no meio urbano regista-se um aumento de 5.403 pessoas empregadas, relativamente ao mesmo período de 2016.

A ilha de São Vicente e o concelho da Praia apresentam os maiores aumentos de empregados em 2017, com 3.727 e 3.720 pessoas, respectivamente.

Por outro lado, os concelhos de Santa Cruz (2.647 pessoas), São Filipe (2.543 pessoas) e Santa Catarina (2.029) apresentam as maiores diminuições relativamente à população empregada.

Por sexo, regista-se que a população empregada masculina (113.678 homens) representa 55,8% e a feminina (90.097 mulheres) representa 44,2% dos empregados.

De acordo com o INE, constata-se também que a população empregada diminuiu em 1.812 pessoas entre os homens e em 4.138 pessoas entre as mulheres, face ao ano de 2016.

No meio urbano, a taxa de emprego fixou-se em 56,7%, registando um aumento de 0,8 p.p. relativo a 2016 (55,9%), enquanto no meio rural fixou-se em 41,8%, registando uma diminuição de 8,8 p.p. relativo a 2016 (50,6%).

Sal e Boa Vista continuam sendo os concelhos a apresentar as maiores taxas de emprego (71,1% e 70,6%, respectivamente), pese embora tenha havido uma diminuição em relação ao ano 2016 (74,4% e 75,5%, respectivamente).

Entre os homens continua-se a registar taxas de emprego superiores comparativamente às registadas entre as mulheres: 58,7% entre os homens e 45,7% entre as mulheres, confirmam os dados do INE.

Os grupos etários com maior taxa de emprego são o de 25-34 anos, com 65,9% e, o de 35-64 anos, com 68,5%. Entre os jovens 15-24 anos a taxa de actividade foi de 24,2%.

O inquérito revela, igualmente, que o emprego diminuiu de “uma forma significativa” no sector primário. Ou seja, o peso relativo dos empregos no sector primário diminui cerca de 6 p.p., passando de 20,4% em 2016 para 14,4% em 2017.

“Essa quebra deve-se, essencialmente, à diminuição verificada no ramo de actividade da agricultura, pesca e criação de gado (13.444 empregos), o ramo que mais empregou em 2016”, lê-se no documento.

Em 2017, os ramos de actividade que mais contribuíram para a geração de empregos foram os ramos do comércio, reparação de automóveis e motociclos com 15,6% dos empregados, seguido do de construção com 10,8%, o da indústria transformadora com 9,5% e o ramo da Administração Pública e defesa segurança social com 9,6%.

O Inquérito Multi-Objectivo Contínuo vem sendo realizado em Cabo verde pelo INE desde 2011.

Por: Inforpress