Cabo Verde já utilizou 69% das doses de vacinas recebidas

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Cabo Verde já utilizou 69% das quase um milhão de doses de vacinas contra a covid-19 que recebeu, vacinou com duas doses mais de 268 mil pessoas e 10% dos adultos já receberam uma dose de reforço.

De acordo com o mais recente boletim de vacinação contra a covid-19, do ministério da Saúde, com dados até 06 de fevereiro, Cabo Verde recebeu de 12 de março a 13 de dezembro de 2021 um total de 945.220 doses de vacinas, de vários fabricantes, suficientes para vacinar 472.610 pessoas.

Neste período, Cabo Verde utilizou 651.653 doses, equivalente a 69% do total de vacinas recebidas através do mecanismo COVAX e doações de países parceiros, dos fabricantes AstraZeneca, Pfizer, Moderna e Sinopharm.

O mesmo boletim refere que 315.633 adultos, equivalente a 85,2% da população adulta estimada em Cabo Verde, já receberam desde março de 2021 pelo menos a primeira dose e 268.827 (72,6%) da população alvo já têm a vacinação completa.

“A nível nacional, em relação à dose de reforço, já se aplicou um total de 36.856 doses em adultos (10%)”, acrescenta o relatório.

Também até 06 de fevereiro, 44.018 dos adolescentes (12 a 17 anos) do país (74,3% da população estimada) já tinha recebido a primeira dose da vacina, processo que neste caso arrancou apenas em dezembro passado.

O ministro da Saúde cabo-verdiano afirmou na quinta-feira que a última vaga da pandemia de covid-19 no arquipélago, que começou no final de dezembro, provocou um número de mortes “muito inferior ao esperado” e não sobrecarregou os hospitais.

“Isto deveu-se sem dúvida, em grande parte, às elevadas taxas de vacinação contra a covid-19 em Cabo Verde. Dados recentes indicam que 72,5% da população com 18 anos ou mais de idade já recebeu duas doses de vacina”, afirmou o ministro Arlindo do Rosário, ao intervir numa conferência de imprensa organizada pelo escritório da Organização Mundial (OMS) para África.

“Por mais desafiante que tenha sido a última vaga, ao longo da época de férias, foi notável que os hospitais não ficaram sobrecarregados e os serviços de saúde de rotina continuaram a funcionar. O número de mortes foi muito inferior ao esperado, com uma taxa de letalidade a volta de 0,7%, situando-se abaixo da letalidade provocada pelas ondas anteriores”, afirmou ainda o ministro da Saúde cabo-verdiano.

Arlindo do Rosário admitiu que “após uma onda severa” da pandemia, “ligada à variante Ómicron, entre o final de dezembro de 2021 e início de janeiro deste ano, os casos diminuíram de 7.182 na primeira semana de janeiro para 105 na última semana, e a taxa de testes positivos é atualmente, em média, de 2,5%”.

Para Arlindo do Rosário, a “boa confiança entre a população e o seu Governo, particularmente o setor da saúde”, acabou por “contribuir para a elevada taxa de vacinação e elevado cumprimento das medidas sociais e de saúde pública”.

“Acreditamos que Cabo Verde é um exemplo de como um sistema de saúde forte, uma mão-de-obra empenhada e capaz, e elevados níveis de confiança da população nos serviços de saúde podem ajudar a combater uma epidemia, e permitir que o país retome o seu forte progresso no desenvolvimento económico e social”, enfatizou o ministro.

De acordo com o mais recente boletim epidemiológico, divulgado na quinta-feira pelo Ministério da Saúde, Cabo Verde conta com 61 casos ativos de covid-19 e regista um acumulado de 398 mortes por complicações associadas à doença, além de 55.827 infetados desde o início da pandemia, mas 55.319 foram considerados recuperados.

Por: Lusa