Após semanas de protestos e de críticas da comunidade internacional, o Governo chinês começou a abolir várias medidas de prevenção contra a covid-19. Algumas das políticas mais restritivas, como o isolamento de todos os casos positivos em instalações de quarentena, foram suspensas esta quarta-feira, sinalizando o fim da estratégia “zero covid”, que tem gerado descontentamento da população.
“Pessoas assintomáticas e casos leves podem ficar isolados em casa (…), e podem ser transferidos para hospitais designados para tratamento em tempo útil se sua saúde piorar”, lê-se no comunicado do Executivo.
O Governo chinês anunciou ainda que nas escolas e instituições de ensino onde não foram registados surtos devem ser retomadas as aulas presenciais e que os bloqueios se devem limitar agora a apenas andares e edifícios onde há casos, em vez de distritos ou bairros inteiros. E ao fim de cinco dias sem casos positivos, o bloqueio deve terminar nas áreas consideradas de “alto risco”.
Além disso, deixa de ser obrigatório apresentar um teste PCR negativo para aceder a locais públicos, exceto em hospitais, lares e escolas.
Apesar de a população expressar, nas redes sociais, alívio pela abolição das medidas restritivas não esconde alguma preocupação com as mudanças de política repentinas.
“Alguém me pode explicar o que está a acontecer? Porque é que a mudança é tão repentina e tão importante?”, escreveu outra pessoa nas redes sociais. “Os sistemas de saúde ficarão sobrecarregados e muitos idosos serão infetados”.