FCF enviou à FIFA uma proposta de revisão dos regulamentos sobre a mudança de selecção por parte dos jogadores

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Com vista a não perder jogadores que queiram jogar pelos Tubarões Azuis, a Federação Cabo-verdiana de Futebol (FCF) enviou à FIFA uma proposta para alterar uma lei do organismo máximo do futebol mundial.

Sabe o DTudo1Pouco, em exclusivo, que a FCF enviou hoje, sexta-feira, 10 de Março, à FIFA para ser debatido e votado no próximo Congresso da FIFA, que terá lugar em Maio do corrente ano, a revisão dos regulamentos sobre a mudança de selecção (ou associação) por parte dos jogadores.

Segundo fonte da FCF, a intenção da federação nacional é “estancar a perda de mais jogadores cabo-verdianos”. E com a mudança positiva desta norma, pode-se assim recuperar Jerson Cabral, Lerin Duarte entre outros jogadores disponíveis para jogar pela selecção de Cabo Verde, os Tubarões Azuis.

O que acontece com Cabo Verde é, muita das vezes, quando um jogador, sendo filho ou neto de cabo-verdianos que emigraram, ele não adquire quando nasce, em simultâneo com a nacionalidade do país onde nasceu, a nacionalidade cabo-verdiana, pois a legislação de muitos desses países não permite a dupla nacionalidade.

Posteriormente este jogador começa a jogar nas camadas jovens do país onde nasceu mas não consegue chegar à equipa principal do referido país.

Quando tal jogador, não tendo ambas as nacionalidades em simultâneo, quando faz o seu primeiro jogo oficial pelo país natal, já não pode, pelo actuais regulamentos, mais tarde optar por Cabo Verde. E sendo assim o jogador perde a oportunidade de também representar o arquipelago.

A proposta de Cabo Verde é que se introduza no regulamento em vigor uma cláusula que permita que o jogador possa ainda vir, a todo tempo, representar a associação do país dos seus pais e avós, ainda que ao tempo em que fez o primeiro jogo oficial pelos escalão de formação do país onde nasceu, e de onde é natural, não tivesse a nacionalidade da Associação do país para a qual pretende mudar.

Com esta alteração, os jogadores – como são o caso dos cabo-verdianos – que sejam descendentes (filhos e/ou netos) da associação do País para o qual o jogador quer mudar-se poderão a todo o tempo ainda jogar pela selecção nacional dessa associação dos seus ascendentes.

No Congresso próximo, certo é que a FCF vai ter apoio de países da Confederação Africana de Futebol e de alguns países europeus para passar esta reforma.