Os músicos e intérpretes Loony Johnson e Roy Job, com três “estatuetas” cada, foram os mais premiados dos Cabo Verde Music Awards’2019 (CVMA), certame realizado sábado na Assembleia Nacional e que distinguiu Dany Silva com o “Prémio Carreira”.
Homi Grande de Loony Johnson ft Zeca Nha Reinalda arrebatou a “estatueta” nas três categorias em que estava nomeado, designadamente Música Popular do Ano, Melhor Videoclip e Melhor Colaboração, pelo que o artista fez questão de dedicar a premiação a Zeca de Nha Reinalda, que se encontra em digressão nos EUA, a quem confere o estatuto do “Rei de Funaná”.
Já o músico cabo-verdiano radicado nos Estados Unidos da América (EUA), Roy Job, na sua primeira aparição na discografia cabo-verdiana com o álbum “Dedication”, passou de um desconhecido para tornar-se numa das figuras da noite, ao conquistar os títulos de Melhor Caladeira (Xtória d’bo maneira, numa parceria com Grace Évora), Melhor Produtor e Álbum do Ano.
Com duas estatuetas cada, ficaram os artistas Lucibela que, com o álbum “Laço Umbilical” em plena promoção discográfica, venceu os prémios nas categorias de “Morna” e “Artista Revelação”, ao passo que Djodje” ausente no evento, fez a dobradinha ao conquistar os prémios do “Melhor Kizomba”, numa parceria com Jimmy P (A Fila Anda) e Música Sapo Award.
A IX edição da CVMA atribuiu a estatueta “Música Popular do Ano” aos Rapaz 100 Juiz & Calema (Preparado).
A Gala CVMA homenageou ainda o músico e compositor Orlando Pantera, autor de temas eterizados pelos Tubarões de que são exemplos canções como “Ca Fila”, “Tunuca”, ou “Serenata” e que, 18 anos após o seu falecimento continua a marcar a música tradicional cabo-verdiana.
Em sinal de reconhecimento pela forma como “Pantera”, considerado um fenómeno da música cabo-verdiana, soube valorizar a diversidade da música tradicional crioula, algumas das suas composições foram interpretadas no palco dos CVMS pelas vozes de Xiomara e Victor Duarte.
A ocasião foi ainda oportunidade para serem distinguidos com menções honrosas personalidades como o jornalista da Rádio de Cabo Verde Moisés Évora na categoria de animador de Comunicação Social, ao DJ “Straga Beat”, de nome próprio Bruno Gomes, ao músico Nhelas Spencer, na categoria de compositor, ao rapper Batchart como artista Solidário e ao compositor Antero Simas com o tema “Doce Guerra” na categoria de “Músicas da nossa vida”.
A noite foi, ainda, marcada por actuações de artistas e grupos como Rapaz 100 Juiz, Yesmim, Charbel, Loony Johnsons, do agrupamento de Cotxi Pó de Gaby Baessa e do angolano Dom Kikas, bem como do Prémio Carreira, Dany Silva, num ambiente de muito glamour, mas que ficou marcado por muitas cadeiras vazias, longe da enchente que previa a organização.
Mário Bettencourt, presidente dos CVMA, considerou que o corpo do jurado teve “tarefa difícil” para a atribuição dos vencedores, dada a qualidade dos trabalhos apresentados nas mais diversas categorias.
Os Premiados:
Melhor Coladeira:
Roy Job ft. Grace Évora (Xtoria d’bo Manera)
Morna:
Lucibela (Laço Umbilical)
Música Tradicional:
Nancy Vieira (Bocas di Paiol)
Melhor Colaboração:
Loony Johnson ft. Zeca Nha Reinalda (Homi Grandi);
Melhor Produtor:
Roy Job (A Dedication)
Melhor Hip Hop/RnB:
Djodje ft. Olga (Cidade Perdida)
Afrobeat – Afrohouse:
Loony Johnson ft. Zeca Nha Reinalda (Homi Grandi);
Melhor Ritmo Internacional:
Dino d’Santiago (Como Seria)
Melhor Kizomba (Atualizada após renúncia de Denis Graça):
Djodje ft. Jimmy P (A Fila Anda);
Melhor Funaná:
Tony Fika (Nha Cutelo)
Melhor em Palco
Elji Beatzkilla
Melhor Intérprete Feminina:
Nancy Vieira
Melhor Intérprete Masculino:
Mirri Lobo
Álbum do Ano:
Roy Job (A Dedication);
Artista Revelação:
Lucibela
Música Popular do Ano:
Rapaz 100 Juiz ft. Calema (Preparado)
Melhor Videoclip:
Loony Johnson ft. Zeca Nha Reinalda (Homi Grandi)
Por: Inforpress