O director nacional da Saúde (DNS), Jorge Noel Barreto, voltou hoje a reforçar o apelo para que as pessoas adiram à campanha de vacinação para, principalmente, tomarem a dose de reforço, cuja percentagem ainda é baixa.
Jorge Noel Barreto, que falava na habitual conferência de imprensa para fazer o balanço da pandemia no País, afirmou que o aparecimento da SUB variante da Ómicron B A.2 é mais uma razão para que cada vez mais haja o reforço vacinal contra a covid-19.
“Alguns estudos estão a apontar que esta variante BA.2 pode ser mais virulenta do que a variante original, que é a BA.1, ou seja, a variante BA.2 poderá provocar casos mais graves do que a variante original de Ómicron”, disse.
O director nacional da Saúde chamou a atenção das pessoas que já têm critérios para tomar a dose de reforço para que procurem os postos de vacinação o quanto antes para receberem a dose de reforço, o que, disse, irá melhorar a imunidade, no caso de se vir a ter alguma situação agravada por causa desta subvariante.
“Já temos provas mais do que suficientes de que a vacinação protege as pessoas no caso de terem infecção. Mas é preciso que a imunidade esteja reforçada. As pessoas que já tomaram a segunda dose há mais de quatro meses têm que receber uma dose de reforço para estarem mais bem protegidas, sobretudo as pessoas com mais de 60 anos de idade e as pessoas com doenças cronicas”, apelou.
Jorge Noel Barreto disse ainda que se viu durante esta vaga de Ómicron em Cabo Verde que havia um grupo de pessoas que já estavam completamente vacinadas, mas que mesmo assim acabaram por ser internadas e por ter complicação e até faleceram, “muito provavelmente porque já tinham sido vacinadas há muito tempo”.
“Então é preciso haver o reforço da imunidade para estarem mais protegidas caso essa subvariante BA.2 venha se tornar uma preocupação nos próximos meses”, alertou.
As autoridades sanitárias diagnosticaram, nas últimas 24 horas, três casos positivos de infecção por covid-19, num total de 589 amostras, num dia em que foram notificados mais dois recuperados da doença no País.
Segundo o boletim epidemiológico, duas das novas infecções foram registadas nos concelhos de Ribeira Grande de Santiago e uma no Sal, enquanto os dois recuperados são de São Vicente.
Com estas novas actualizações, o País passa a contabilizar 17 casos ativos, 55.395 casos recuperados, 400 óbitos, 42 óbitos por outras causas e nove transferidos, perfazendo um total de 55.863 casos positivos acumulados.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
A variante Ómicron, que se dissemina e sofre mutações rapidamente, tornou-se dominante no mundo desde que foi detetada pela primeira vez, em Nvembro, na África do Sul.
Por: Inforpress