Presidente da câmara da Praia considerou hoje necessária travar a construção clandestina na capital

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O presidente da câmara da Praia considerou hoje necessária travar a construção clandestina na capital, “em vários pontos”, e que “ganhou grande expressão” durante o estado de emergência, com “aumento de 80 barracas em 20 dias”.

Óscar Santos fez estas considerações à imprensa à saída de uma audiência com o Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, tendo considerado de “algo explosivo” o crescimento de barracas em Alto Glória, localidade que, avançou, a autarquia tem um plano a ser aprovado numa área de 120 mil metros quadrados, que prevê 361 lotes e estrada de ligação à localidade de Simão Ribeiro.

Salientou que o concurso para este projecto, orçado em 25 mil contos, já foi lançado e prevê loteamento, campo de futebol e creche, e, provavelmente, habitação social que não rima com “bagunça ou desordem”, mas sim com “crescimento ordeiro”.

Sublinhou que a câmara tinha submetido, há dois anos, um pedido de financiamento ao governo chinês para a construção de 250 fogos no Alto da Glória, São Pedro e Latada, na tentativa de travar a expansão de construção clandestina, e que a localidade conta com “projectos ambiciosos” que caracteriza a cidade.

Óscar Santos disse que não vale a pena politizar este trabalho, ressalvando que se nada for feito para estancar a construção clandestina, dentro dos próximos seis meses poderá erguer um bairro com mil a 2.000 barracas, numa localidade agravada com falta de água, iluminação, segurança e protecção civil e, acima de tudo, da saúde pública, “ideal para a propagação da covid-19”.

A este propósito realçou a importância de se agir preventivamente, pelo que recusa a ideia em como houve falhas na fiscalização, com o argumento de que “houve notificação sistemática”, e que cinco famílias já foram realojadas mediante critérios objectivos, no quadro de medidas sociais, mas que uma parte aproveita a ocasião para realizar negócios com a venda de terrenos, transmitindo ideias de despejos.

O autarca considerou que a audiência foi importante e que foi a oportunidade para informar ao chefe de Estado sobre as medidas “restritivas e limitativas” no pós-estado de emergência, tanto nos serviços administrativos e nos mercados, sobretudo o informal de Sucupira, considerado “um ponto muito importante”.

Avançou que neste mercado, que reabriu esta terça-feira, foi instalado um regime de rotatividade, alternada, à semelhança do do Platô, assim como as feiras livre a partir do próximo domingo, com alargamento de espaços, sendo que as delegações municipais já passaram a funcionar com horário alargado das 08:00 às 18:00.

Por: Inforpress