Remessas dos emigrantes cabo-verdianos sobem 26% para meio milhão

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As remessas enviadas pelos emigrantes cabo-verdianos para o arquipélago aumentaram 26% até março, para o equivalente a mais de meio milhão de euros por dia, segundo cálculos com base num relatório do banco central.

De acordo com um relatório estatístico do Banco de Cabo Verde (BCV), com dados do primeiro trimestre de 2020, a que a Lusa teve hoje acesso, os emigrantes cabo-verdianos enviaram remessas no valor de mais de 5.056 milhões de escudos (45,5 milhões de euros), equivalente a uma média diárias de 550 mil euros.

Este valor compara com os quase 4.012 milhões de escudos (36,1 milhões de euros) de remessas enviadas para Cabo Verde, pelos emigrantes, nos três primeiros meses de 2019, segundo dados do BCV.

Tal como em períodos anteriores, Portugal lidera entre os países de origem, com os emigrantes radicados no país europeu a enviarem para Cabo Verde remessas de quase 1.517 milhões de escudos (13,6 milhões de euros) entre janeiro e março de 2020.

Estima-se que mais de 100 mil cabo-verdianos residam atualmente em Portugal, a segunda maior comunidade na diáspora, logo depois dos 250 mil emigrantes de Cabo Verde nos Estados Unidos.

Os emigrantes cabo-verdianos enviaram um novo recorde de remessas para o país em 2019, acima de 180 milhões de euros, quase 30% desde Portugal, segundo dados anteriores do BCV.

Os emigrantes cabo-verdianos em Portugal enviaram 5.679 milhões de escudos (51,5 milhões de euros) em remessas em 2019, um crescimento de 6,7% face ao ano anterior.

Em todo o ano de 2019, globalmente, as remessas dos emigrantes cabo-verdianos cresceram 8,1%, para num novo máximo, de 19.900 milhões de escudos (180,2 milhões de euros).

Em todo o ano de 2018, as remessas cabo-verdianas ultrapassaram os 19.195 milhões de escudos (173,3 milhões de escudos), uma subida de 6% face a 2017, com Portugal a liderar, com 5.675 milhões de escudos (51,2 milhões de euros).

Cabo Verde conta com cerca de 500 mil habitantes no arquipélago e mais de um milhão na Europa e Estados Unidos da América, estando o sistema financeiro dependente das remessas desses emigrantes.

Por: Lusa