O coordenador da Autoridade de Inspecção e Fiscalização das Actividades Económicas e de Segurança de Timor-Leste reiterou nesta segunda-feira que o seu país “quer beber da experiência” cabo-verdiana na fiscalização das actividades económicas e da segurança alimentar.
As informações foram avançadas por Abílio Oliveira Sereno, ontem, na Cidade da Praia, momentos antes de se reunir com o Inspector-geral das Actividades Económica (IGAE) de Cabo Verde.
O coordenador, que iniciou ontem uma visita de dois dias ao arquipélago, adiantou que o objectivo é “inteirar-se e conhecer um pouco mais” das acções levadas a cabo pela IGAE, de modo a que as duas instituições possam estabelecer parcerias a nível fiscalização das actividades económicas e da segurança alimentar.
Abílio Oliveira Sereno assegurou que Timor-Leste tem “acompanhado de perto” o trabalho desenvolvido pelo IGAE e que querem aproveitar da experiencia cabo-verdiana e assinar um acordo de cooperação, sobretudo a nível da formação.
“Neste momento temos 62 funcionários e partir de Junho vamos ter mais 60, mas não vale a pena ter muitos funcionários se as suas capacidades ainda não estão no nível desejado. Por isso queremos aproveitar a rica experiência do IGAE para que possamos fazer mais e melhor em Timor-Leste”, afiançou.
Sendo a Autoridade de Inspecção e Fiscalização das Actividades Económicas e de Segurança Alimentar de Timor-Leste (AIFAESA) uma instituição com dois anos de existência, adiantou que a prioridade é implementar um laboratório próprio.
Para tal, informou, contam com a experiência dos seus parceiros do IGAE e da ASAE (Portugal), de modo a tirar “o maior proveito” em relação a formação, mas também na implementação do laboratório, para garantir a segurança alimentar à população de Timor Leste.
Por seu turno, o Inspector-geral das Actividades Económicas (IGAE), Elisângelo Monteiro, que se mostrou disponível em colaborar com a AIFAESA, sublinhou que a ideia é fazer com que as duas instituições tenham um “bom desempenho” em matéria da fiscalização económica de segurança alimentar, já que os dois países têm muitas semelhanças.
“Vamos discutir e analisar as parcerias para que possamos trabalhar na perspectiva da melhoria das instituições e no cumprimento do seu papel para que possamos trabalhar em conjunto em matéria da formação, assistência técnica e cientifica e em todas acções que estão associados com a fiscalização das actividades económicas”, reiterou.
Por outro lado, adiantou que o encontro será também uma oportunidade para as duas instituições abordarem questões ligadas ao fórum das inspecções da segurança que congrega todos os serviços de inspecção da segurança alimentar e das actividades económicas da Comunidade dos Países Africanos de Língua Portuguesa (CPLP), fórum que é presidido por Timor-Leste
Tendo em conta as semelhanças entre os dois países, disse que um dos desafios é assegurar o consumo “seguro”, sendo que têm de estar preparados para explorar esse padrão de consumo e de ter a contribuição do sector do turismo de uma forma mais acentuada no processo de desenvolvimento.
Considerou, por fim, que é necessário continuar a apostar na prevenção e na fiscalização das actividades económicas e da segurança alimentar.
Por: Inforpress